sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Oradour-sur-Glane - França

Depois de ter visitado Auschwitz fiquei ainda mais interessada nas Guerras Mundiais, em especial a II. Gosto de ler e ver filmes sobre estas guerras e também gosto de receber postais de locais relacionados com estes períodos da história mundial. Nunca tinha ouvido falar de Oradur-sur-Glane, uma vila situada no departamento de Haute-Vienne, na região de Limousin, mas este postal enviado pelo Damien deu-me a conhecer um episódio muito triste da história francesa. 

Editions du Lys
A 10 de Junho de 1944, nas proximidades da vila de Oradour-sur-Glane, o comandante de um dos batalhões da divisão, Sturmbannführer Adolf Diekmann, comunicou aos seus oficiais subordinados que havia sido avisado por dois civis franceses da região que um oficial SS tinha sido preso pelos guerrilheiros na cidade e seria executado e queimado publicamente nos próximos dias.
No começo da tarde, os pelotões da SS cercaram e fecharam a pequena cidade de Oradour e o comando convocou toda a população para a praça principal a fim de fazer uma verificação de documentos. Homens e mulheres foram separados, os homens levados a celeiros e garagens das redondezas e as mulheres e crianças fechadas na igreja da vila.
Nos celeiros, onde os habitantes masculinos eram esperados por metrelhadoras montadas em tripés, todos foram fuzilados e os celeiros queimados com seus corpos dentro. Dos 195 homens de Oradour presos, apenas cinco escaparam. Enquanto isso, outros SS jogavam tochas incendiárias dentro da igreja onde se encontravam trancadas as mulheres e crianças, causando um incêndio generalizado.
Os sobreviventes que tentavam escapar pelas janelas eram metralhados por soldados colocados em posição do lado de fora. Apenas uma mulher, Marguerite Rouffanche, conseguiu escapar entre as 452 mulheres e crianças que morreram carbonizadas na chacina, saltando por um pedaço de uma janela partida pelo fogo sem ser percebida. Após a imolação, a tropa queimou a cidade. 
No total, 642 habitantes de Oradour foram mortos pelas Waffen-SS em algumas horas, de um total de pouco mais de mil habitantes.
Após a guerra, o Presidente Charles de Gaulle decidiu que a cidade não seria reconstruída, permanecendo as suas ruínas como um memorial à crueldade da ocupação nazi na França. Em 1999. Jacques Chirac ergueu um centro da memória em Oradour, e nomeou oficialmente a vila como 'cidade-mártir'. - in: wikipédia

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