sexta-feira, 15 de julho de 2016

Férias da Luzia

O mês passado a Luzia andou a passear pelo seu Brasil. As férias motivaram uma lotaria, eu ganhei um dos postais e depois chegou ainda mais outro. 

 Foto: Johannes Compaan
Segundo documentação do Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), disponível no Museu do  Descobrimento em Porto Seguro, a comunidade de Caraíva é o vilarejo mais antigo do Brasil. Os primeiros Portugueses chegaram por volta de 1530, e por aqui viviam diversas tribos indígenas, a região é conhecida como “Costa do Descobrimento”. 
Caraíva beneficia de diversas protecções ambientais e históricas, nomeadamente da UNESCO, é um dos locais da Costa do Descobrimento classificados como Património da Humanidade. 
Caraíva é o vilarejo mais antigo do Brasil e de facto nada lá faz lembrar a vida moderna. Não há automóveis, rede de telemóvel, as ruas são de areias e a luz eléctrica só chegou em 2007. Apesar da instalação da luz, não existem postes, a fiação é subterrânea para não interferir na paisagem. Cada morador ilumina a sua porta como lhe convêm, luzes em árvores ou na porta das casas, iluminam apenas o suficiente para as noites de lua nova. 

Foto: Ilzo
A Festa Junina em Caruaru, de onde é este postal, é a maior Festa Junina do mundo, segundo registo do Guinness World Records. Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. 
Existem duas explicações para a origem do termo "festa junina". A primeira explica que surgiu em função das festividades, principalmente religiosas, que ocorriam, e ainda ocorrem, durante o mês de Junho. Estas festas eram, e ainda são, em homenagem a três santos católicos: São João, São Pedro e Santo António. Outra versão diz que o nome desta festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem apenas a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.
De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial. 
Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.  
O mês de Junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo António. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura. - in:  http://www.suapesquisa.com/musicacultura/historia_festa_junina.htm
A quadrilha brasileira originou seu nome numa dança de salão francesa para quatro pares, a quadrille, em voga na França entre o início do século XIX e a Primeira Guerra Mundial. 
A quadrille veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris.
Ainda que inicialmente adoptada pela elite urbana brasileira, esta dança teve seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste. 
Os participantes da quadrilha, vestidos de matuto ou à caipira, como se diz fora do Nordeste do Brasil (indumentária que se convencionou pelo folclorismo como sendo a das comunidades caboclas), executam diversas evoluções em pares de número variável. Em geral, o par que abre o grupo é um "noivo" e uma "noiva", já que a quadrilha pode encenar um casamento fictício. Esse ritual matrimonial da quadrilha liga-a às festas de São João europeias que também celebram aspirações ou uniões matrimoniais. Esse aspecto matrimonial e a fogueira junina constituem os dois elementos mais presentes nas diferentes festas de São João da Europa. - in: wikipédia

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